27 Nov 2018 09:13
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<p>Alessandro Molon, deputado federal (PT-RJ), participou do Poder e Política, programa da Folha e do UOL conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues. A gravação ocorreu em 18.set.2013 no estúdio do Grupo Folha em Brasília. Narração de abertura: Alessandro Molon tem quarenta e um anos. É bacharel em Correto na PUC do Rio e mestre em história na Instituição Federal Fluminense. No começo da carreira, Alessandro Molon foi professor de história em escolas municipais do Rio e radialista da Rádio Catedral.</p>
<p>Em 2002, aos trinta anos, elegeu-se deputado estadual pelo PT. Em 2006, foi reeleito com a maior votação entre os petistas. Alessandro Molon disputou a prefeitura do Rio em 2008. Ficou em 5º lugar. No 2o turno, recusou-se a apoiar Eduardo Paes, que acabou derrotando a eleição com o suporte do PT. Em 2010, Molon elegeu-se deputado federal.</p>
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<p>É relator do projeto de Marco Civil da Web. Folha/UOL: Olá internauta. Bem-vindo a mais um "Poder e Política - Entrevista". Este programa é uma realização do jornal Folha de S.Paulo e do portal UOL. A gravação é consumada por aqui no estúdio do Grupo Folha, em Brasília. O entrevistado desta edição do Poder e Política é o deputado federal Alessandro Molon, do PT do Rio de Janeiro.</p>
<p>Folha/UOL: Deputado, gratidão pela tua presença nesse lugar no estúdio do Grupo Folha. Eu início perguntando: O sr. é relator do projeto chamado de Marco Civil da Web. Teve uma reunião recente com a presidente da República, Dilma Rousseff. O que foi discutido e o que a presidente pediu para o sr. sobre o Marco Civil? Alessandro Molon: Fernando, em primeiro recinto eu queria cumprimentá-lo, agradecer o convite, manifestar que eu estou honrado por estar nesse lugar e cumprimentar todos os internautas que nos acompanham assim como. E manifestar que foi uma reunião fantástica já que a presidenta pediu uma reunião para tratar dos dados do Marco Civil.</p>
<p>O projeto é de autoria dela. Foi enviado para a Câmara dos Deputados em 2011. Lá pela Câmara dos Deputados foi desenvolvida uma comissão especial como manda o regimento interno. O projeto do Marco Civil está há cerca de 2 anos na Câmara pronto, prontamente há qualquer tempo, para ser votado. Não fosse este capítulo de espionagem norte-americana no Brasil, este empurrão imediatamente não teria acontecido? Olha, Fernando. Depois de um ano aguardando a votação do projeto, eu lamento ter que apoiar que quem sabe a votação do Marco Civil fosse ainda mais adiada se não fosse esse escândalo. O projeto imediatamente está pronto para ser votado há um ano. Existe um ano eu venho pedindo pra que a Câmara vote o projeto. São mais de 100 milhões de internautas no Brasil que estão desprotegidos em razão de nós não temos uma lei que os proteja. O Marco Civil é essa lei e, porém, nós fizemos 6 tentativas de votação, todas elas frustradas.</p>
<p>Duas na comissão especial e 4 no plenário. Felizmente, a Câmara prontamente terá que votar o projeto infelizmente após um escândalo como este. Entretanto já, com a emergência constitucional, se a Câmara não votar, a pauta fica trancada. É claro que pedir a urgência constitucional para um projeto gera sempre uma tensão entre o Poder Executivo e o Poder Legislativo, visto que significa o Poder Executivo, no limite, trancar a pauta da Câmara.</p>
<p>No entanto, lamentavelmente, se fez primordial. Foi divulgado uma detalhes de que o Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff, desejaria que empresas de Web que oferecem serviços aos seus consumidores brasileiros armazenassem cópia dos fatos todos no Brasil fisicamente. É real esse pedido? Como ele podes ser incluído na lei e é exequível? ótimo, é real este pedido.</p>
<p>Ou melhor, essa é uma amargura da presidenta, é uma proposta dela após esse escândalo de espionagem. Ela realmente pediu isso. Os técnicos que trabalham com a gente e também nos ministérios estão estudando a melhor forma de incluir isso no Marco Civil e pensando quais são os prós e os contras dessa decisão.</p>